terça-feira, 14 de dezembro de 2010

AFRICA, PRECONCEITO E FUTEBOL

Hoje é um dia triste para mim...eu como COLORADA estou realmente chateada com a derrota do meu time do coração para o africano Mazembe no mundial de clubes FIFA.
Mas...tudo neste mundo é bom para a reflexão, e quero fazer a minha reflexão sobre os fatos, sobre a Africa, preconceitos, o futebol e sobre o meu colorado.
É interessante ver o quanto os torcedores adversários, e digo isto no futebol em geral, gostam de desdenhar as conquistas de seus rivais, dizendo que só ganhou pq o campeonato estava fácil, que no campeonato só tinham times fracos.
Hoje foi a estréia do Inter no mundial e todos os gremistas com quem conversei diziam que seria fácil para o Colorado, toda a mídia dava a vitória do inter como certa, alguns colorados tb achavam que seria fácil, eu, como sempre, acredito que só se canta vitória após o apito final.
Temos aqui no Brasil o pensamento de achar que temos o melhor futebol do mundo, e por isto somos incapazes de reconhecer quando um outro time é melhor que o nosso, quando times brasileiros ou nossa seleção perdem é pq jogamos mal, nunca o outro foi melhor.
Todos sabiamos (menos a midia) que o Mazembe não seria um adversário fácil, é um time sem muita qualidade técnica, porém organizado, com jogadores fortes e muito dedicados e aplicados técnicamente.
Estão falando que o Inter entrou de salto alto, discordo, achei que o Colorado entrou concentrado e respeitando o adversário (porém um pouco nervoso com a estréia). O salto alto foi mesmo é na imprensa, que a todo momento ignorou o africano Mazembe, dando a vitória do colorado como certa e apenas projetando o confronto Inter POA x Inter Milão.
Precisamos de uma mídia decente, que pare de ter suas preferencias futebolisticas, como é o caso dos queridinhos Corinthias, Flamengo e a própria seleção brasileira. Precisamos de uma midia que tenha respeito a todos, aos times africanos, árabes, orientais e tb aos times de menor porte e de fora do centro do país.
Foi-se o tempo em que o Brasil tinha o melhor futebol do mundo. O mundo de hoje é globalizado e no futebol não é diferente, paises que antes não tinham tradição e eram tidos como zebra hoje investem fortunas e se desenvolvem e crescem.

Chega de preconceito na midia!! Viva a globalização no futebol!!!

Quanto ao meu colorado, jogou melhor mas não soube finalizar. O Mazembe soube e por isto mereceu a vitória.
Parabéns aos africanos que eternamente foram e ainda são subjugado por todos, eles estão a anos pedindo passagem..
Quanto a mim, secarei a Inter de Milão, gostaria demais de ver a "zebra africana" x "zebra coreana" na final do mundial de clubes, pra calarem a boca de europeus e sulamericanos que pensam que apenas eles sabem jogar e que pensam que possuem o melhor futebol do mundo desdenhando todos os outros .

INTER... PARA SEMPRE VOU TE AMAR!!

Namastê,
Nicole

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

A natureza pede socorro!!!

Mais uma vez esta semana e semana passada foi possível assistirmos a morte de milhares de peixes nos rios do Sinos e Guaíba.
Trabalho em uma empresa que precisa captar água do Rio dos Sinos para os seus processos, no nosso lago peixes estavam agonizando e morrendo, analisei a água que estava vindo do Rio dos Sinos e ela possuia nada mais nada menos do que 0,1mg/L de Oxigênio dissolvido, ou seja, isto é nada de oxigênio. A última vez que vi uma água assim vindo do Sinos foi em 2006 quando mais de um milhão de peixes morreram.
Precisamos urgentemente rever nossos conceitos e comportamento junto ao nosso meio ambiente.
Diáriamente despejamos nossos esgotos domésticos nas águas dos rios que posteriormente novamente irão virar a água que bebemos.
Precisamos aprender a não desperdiçar água, precisamos denunciar as empresas que não tratam seus efluentes e os largam diretamente nos rios, precisamos cobrar de nossos governantes o tratamento de nossos esgotos, precisamos colocar o dedo na nossa consciencia no momento em que estamos construindo nossas casas e incluir em nossas obras a fossa séptica, canso de ver por aí esgoto doméstico sendo largado diretamente nas redes de esgoto sem nenhum tratamento.

SE NÃO PRESERVARMOS O MEIO AMBIENTE E MUDARMOS NOSSOS COMPORTAMENTOS DENTRO DE POUCOS ANOS ESTAREMOS VIVENDO NO MEIO DE NOSSA PRÓPRIA MERDA!!!

Namastê,
Nicole

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Aumento de histórias de intolerância assusta os brasileiros

Geralmente critico muito a Rede globo pelas suas posturas...mas esta reportagem vale a pena ser vista...
CHEGA DE TANTA INTOLERANCIA!!!! Que a gente viva buscando o amor, a compaixão e a paz no mundo...

Namastê,
Nicole

http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1631444-15605,00-AUMENTO+DE+HISTORIAS+DE+INTOLERANCIA+ASSUSTA+OS+BRASILEIRO

TV GLOBO / FANTÁSTICO – 22/11/10
Aumento de histórias de intolerância assusta os brasileiros
O Fantástico investiga o que existe por trás de tantos casos de intolerância.
O Fantástico deste domingo (21) fala da palavra que ficou na cabeça dos brasileiros essa semana. Intolerância nas ruas de São Paulo, do Rio de Janeiro, dentro de um avião. Intolerância que se espalhou e matou um brasileiro em Portugal. Que se espalha em vídeos como este, exclusivo, que você vai ver agora.

Intolerância ao extremo. São vídeos e fotos de grupos neonazistas do Rio Grande do Sul.

“Um dia, eu fiz uma pergunta pra um dos rapazes ‘mas por que dessa violência ?’ Sabe por quê? Uma barata é uma subespécie, uma sub-raça. Dá mesma forma o negro, o judeu, o homossexual”, contou o delegado Paulo César Jardim.

Adoradores de Adolf Hitler, os neonazistas dizem seguir uma ideologia. “A intolerância não tem justificativa. Ela é irracional, vai além do que é saudável, vai além do que é esperado”, afirmou a psicóloga Desirée Monteiro Cordeiro.

Mas como explicar quando a intolerância e a violência não surgem de grupos tão radicais assim? De pessoas aparentemente normais.

“Falou que a gente era brasileira, preta e pobre. Prostituta, chamou de prostituta, que a gente tava se roçando com os homens”, disse a dançarina Edimara Elba Castro dos Santos.

“Diziam que nós éramos uma raça desgraçada por sermos homossexuais”, contou uma vitima.

“Ele atirou porque eu disse pra ele que meus pais sabiam de mim. Eu era assumido”, contou o rapaz. Ser homossexual nunca foi problema dentro de casa para o carioca de 19 anos. O tiro na barriga, disparado por um sargento do Exército do Forte de Copacabana, serviu para unir a família ainda mais. “Disse que eu era uma vergonha pra minha família. Por mim, eu não teria nem denunciado. Eu só estou fazendo o que eu estou fazendo por causa da minha mãe”.

“Eu estou fazendo com que meu filho coloque isso pra frente, mas também por causa de outras pessoas que não tiveram oportunidade de se defender. Pelos amigos do meu filho, pelos amigos dos amigos”, disse a mãe do jovem.

O Brasil é o país que mais mata homossexuais no mundo. Ano passado, foram 198 assassinatos. A informação é da Associação Internacional de Gays e Lésbicas, com representação em quase todo o mundo.

Alessandro Araújo é professor de filosofia. Em 2007, na região da Avenida Paulista, em São Paulo, ele foi espancado por quatro integrantes de um grupo que odeia homossexuais: “Eles me atacavam com chutes e com chutes no rosto. Tanto que aqui eu perdi dois dentes e ainda tive um corte bem profundo na boca”, lembrou o filósofo.

Quando o espancamento e a sexualidade dele vieram a público, muitos tiveram uma reação inesperada. O professor ficou só. “Ainda me emociono com o caso, você perder a família, perder o emprego, perder os amigos, tudo ao mesmo tempo”, contou.

À noite, os bares e as boates da Avenida Paulista e das ruas próximas atraem jovens de todas as tendências. Os grupos radicais, que pregam a violência e o ódio, também circulam na avenida. Os alvos são sempre os mesmos: homossexuais, travestis, nordestinos e negros.

“São geralmente atos bastante covardes. Em geral, as pessoas são atacadas sem perceber isso”, afirma Franco Reinaldo, da coordenadoria de assuntos da diversidade sexual de São Paulo.

Morador da região, o professor falou sobre a violência contra três jovens, que aconteceu às 6h30 de domingo passado na Paulista. Um dos rapazes é ferido com lâmpadas fluorescentes. A polícia suspeita que os agressores, quatro menores e um rapaz de 19 anos, teriam agido porque as vítimas aparentavam ser homossexuais.

Segundo Alessandro Araújo, é comum o ataque de grupos radicais nesse horário: “Justamente, foi de manhã porque é de manhã o horário que os gays costumam sair das boates”.

“Não é qualquer pessoa que faz isso. Uma pessoa que tem algum distúrbio, algum desvio. E vai partir pra cima quando encontrar algo que incomode muito, seja gay, negro, estrangeiro”, conta a psicóloga Desirée Monteiro Cordeiro.

Durante seis meses, a banda “Arte Dance Bahia” se apresentou em palcos peruanos, a mais de cinco mil quilômetros de casa.

“No Peru nós fomos tratados como celebridades. As pessoas faziam filas e filas pra ver a gente, pra tirar foto”, lembrou o dançarino Igor Souza Silva.

“Eles gostavam da nossa cor, do nosso jeito de ser, do nosso cabelo”, completou Edimara Elba Castro dos Santos, bailarina.

Esta semana, o grupo já estava dentro do avião, voltando para o Brasil.

“Tinha uma pessoa sentada no banco da frente da gente, uma loira dos olhos claros. Aí essa senhora falou: ‘se eu soubesse que tinha preto e pobre dentro do avião, eu não pegaria esse voo. Eu trocaria de voo’. A gente foi muito ofendida. Muito”, contou Edimara Elba Castro dos Santos.

A mulher que teria feito as ofensas é uma médica brasileira, de 45 anos. No aeroporto de Guarulhos, São Paulo, ela foi indiciada por injúria. A pena é de um a três anos de cadeia.

“Perante a delegada e um delegado que tava na sala. Ela falou: ‘Gente, me desculpa’, pegou na mão da gente: ‘Me desculpa, eu estou muito arrependida de ter falado isso pra vocês’. É muito fácil pedir desculpa depois”, completou Edimara.

Tentamos falar com a médica, mas ela não retornou as nossas ligações.

Alguns vídeos apreendidos há duas semanas, em Porto Alegre, mostram até que ponto a intolerância pode chegar. Os policiais também encontraram várias fotos. Os suspeitos de participar do grupo neonazista já foram identificados. Segundo a investigação, uma tragédia poderia ter acontecido.

“O objetivo era explodir uma sinagoga e em um segundo momento eles pretendiam fazer um ataque na passeata gay, a passeata do movimento livre, que acontece em Porto Alegre, no Parque da Redenção”, contou o delegado Paulo Cesar Jardim.

Nos vídeos, aparece o senador gaúcho Paulo Paim: “Eles podem estar tentando me assustar, mas não conseguirão. Eu vou continuar defendendo tanto os idosos quanto os negros, pessoas com deficiência, os judeus, os palestinos, os nordestinos. Eu não aceito nenhum tipo de discriminação”, afirma o senador.

Este homem foi atacado por um grupo neonazista gaúcho. Foi cercado por quatro criminosos, apanhou e levou uma facada no pescoço. “Começaram a proferir palavras de ordem racista. Negro sujo, nós vamos te matar, essa raça não presta, vamos exterminar todo mundo”, disse o homem que não quis ser identificado.

Luciano da Silva, 28 anos, marceneiro. A polícia de Portugal investiga se ele foi vítima de xenofobia, que é a intolerância contra estrangeiros. Ele foi morto a facada, depois de urinar numa rua de Caldas da Rainha, cidade com 50 mil habitantes, a 100 quilômetros de Lisboa.

O Fantástico foi até lá. A mulher de Luciano conta que o casal e mais dois amigos, também brasileiros, voltavam de um bar.

“Fez xixi, vinha descendo um homem: ‘só veio aqui pra estragar o nosso país. Brasileiro de m***, porco de m***. Vai pra sua terra’. Ele foi ficando nervoso e eu pedindo: ‘Luciano, calma’. E ele foi e retrucou: ‘Eu já estou farto de vocês, essa porcaria desse país, preconceituoso’”, contou Andressa da Silva, mulher de Luciano.

Andressa fala que foi pedir ajuda e que logo depois os amigos avisaram que Luciano estava ferido.

“Eu encontrei ele exatamente caído no chão. Eu estou tentando ser forte, mas está sendo tão difícil. Cada vez que a Isadora chama o pai, me dói demais, demais”, lembra Andressa.

O assassino ainda não foi identificado.

“O preconceito está relacionado à falta de conhecimento, a ignorância também. A gente teria que trabalhar realmente na educação”, afirmou o filósofo Luiz Paulo Rouanet.

“Educar dentro de uma concepção de cidadania, de garantia de direitos, de respeito ao próximo”, disse a defensora pública Maíra Coraci Diniz.

“Se a pessoa é gorda, se a pessoa é baixa, se a pessoa tem deficiência, isso não se faz com ninguém que é um ser humano”, completou a bailarina Edimara Elba Castro dos Santos.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Relato pessoal de porque voto em Dilma para presidente... (por Nicole)

Quem me conhece hoje deve pensar que tudo sempre foi as mil maravilhas na minha vida, que nunca passei trabalho... enganam-se...
Realmente tive uma vida boa até meus 11 ou 12 anos de idade (1995 ou 96), vivendo em uma familía legitimamente patriarcal, onde meu pai trabalhava sustentando a casa e onde minha mãe cuidava do lar e educava os filhos.
Acontece que a coisa mudou, quando naquela maldita época meu pai perdeu o emprego e não conseguiu achar outro, fomos pouco a pouco perdendo tudo que tinhamos, a casa da praia que tinha sido herança do meu avô, um terreno que tinha sido herança do meu outro avô, os dois carros que tinhamos na garagem e a boa casa onde viviamos.
Enquanto meu pai e minha mãe saíam inutilmente em busca de empregos, a vida continuava e chegamos a ficar sem dinheiro até mesmo para comer. Poucos sabem, mas chegamos a viver muito tempo com a ajuda de cestas básicas que recebíamos de uma de minhas tias. Neste meio tempo eu tb estava fazendo meu curso técnico na Liberato, e só conseguia ir as aulas pq minha dinda me dava mensalmente 50 reais para que eu pudesse pagar a mensalidade, pegar diáriamente o ônibus ida e volta para Novo Hamburgo e almoçar nos dias em que eu tinha aula nos dois turnos.
Depois de um tempo minha mãe começou a trabalhar, conseguiu um contrato emergencial no estado para dar aulas de português, era ela quem sustentava a familia a partir de então.
Depois de muitos anos vivendo com o mínimo, sem poder comer um sorvete quando tinhamos vontade, usando as roupas usadas de meus primos, as coisas foram se ajeitando, meus pais se separaram, minha mãe passou no concurso do INSS e eu comecei a trabalhar como técnica química em um curtume de Estância Velha, levantava todos os dias as 5h20min da manhã.
Hoje posso dizer que estou em uma situação mais confortável, passei no concurso Refap em 2006 e tenho o suficiente para pagar minhas contas e levar a vida numa boa, compro as minhas roupas, como em restaurantes quando tenho vontade, financiei um carro a perder de vista, financiei um apartamento em 15 anos, após 7 anos terminei a graduação em Ciências Sociais e me programando bem consegui inclusive viajar para fora do país nas minhas férias.
Quem me conhece só de hoje não sabe que houveram dias em que não se tinha nem dinheiro para colocar o pão na mesa na minha casa.
A maioria das pessoas tb pensa que eu trabalho em uma empresa pública, quando na verdade a Refap é a única refinaria da Petrobras que teve 30% de seu capital privatizado na época do governo FHC, fomos os primeiros a sofrer com a privatização, as outras refinarias só não foram privatizadas pq Lula venceu a eleição de 2002.
Mas por que eu voto na Dilma??
Voto em Dilma pq se tenho um emprego na Refap hoje é pq em 2002 o Lula e o PT assumiram o governo não permitindo que FHC terminasse de desmontar a Petrobras como estava programado. Pq após anos e anos sem admissões foi feito concurso afim de remontar a companhia.
Voto em Dilma pq a economia cresceu, e hoje não devemos mais nem um centavo para o FMI.
Mas, o principal motivo pelo qual voto em Dilma é pq nestes 8 anos do governo Lula 28 milhões de pessoas deixaram a pobreza para trás e conseguiram melhorar de vida, deixaram de passar fome e conseguiram um emprego.
Precisamos deixar de olhar apenas para nossos umbigos e pensar que pessoas que antes tinham fome hoje vivem em situações bem melhores.
Muitos criticam o Bolsa familia e até mesmo as cotas para negros, dizendo que o governo faz caridade ou que ao gerar as cotas está aumentando o preconceito.
Precisamos nos dar conta de que vivemos quase 500 anos em um país onde o negro foi escravizado, se hoje a maioria da população pobre e miserável é negra, isto é pq nós fizemos eles assim por 500 anos, temos uma grande dívida com eles, a única forma de tentarmos retirar um pouco este atraso é gerando oportunidades para que eles possam crescer. O mesmo vale para o PROUNI, precisamos dar a chance para que as pessoas de mais baixa rendam consigam crescer.
Quanto ao Bolsa Família, que muitos chamam de assistencialismo, é importante que se saiba que não é apenas "assistencialismo", pois para receber o auxilio as crianças devem frequentar as escolas e são oferecidos tb cursos técnicos para os adultos. Com toda a certeza o certo é ensinar a pescar ao invés de apenas dar o peixe, mas, no caso do bolsa familia, estamos lidando com tamanha pobreza que se o dinheiro da bolsa não existisse, continuariamos vendo pessoas passando fome, e com certeza quem tem fome não consegue frequentar a escola e muito menos trabalhar.
Hoje sou independente, graças ao "assistencialismo" da minha dinda quando eu precisei estudar, se ela não me desse mensalmente aquele dinheirinho talvez eu tivesse parado de estudar para ir trabalhar e ajudar em casa... o mesmo vale para o bolsa familia...com o tempo os cidadãos não precisarão mais dela.
Acredito em um país com mais justiça social, por este motivo é que hoje sou graduada em sociologia, se quisermos um país melhor e mais justo, precisamos dar oportunidades para aqueles que mais precisam, e para que isto continue acontecendo VOTO DILMA 13.

Nicole 18.10.10

http://www.youtube.com/watch?v=KktqykS8roQ&feature=player_embedded

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Eleições 2010 - Verdadeira vergonha!! (por Nicole)

Estive viajando em férias durante quase todo o mês de setembro, retornando para o Brasil apenas no inicio de outubro, por este motivo perdi toda a reta final da campanha eleitoral. Apenas agora estou conseguindo me atualizar sobre todos os ocorridos e posso dizer que estou ESCANDALIZADA.
Estive lendo a minha caixa de e-mails e a mesma encontra-se entupida por mensagens eleitoreiras totalmente sem conteúdo politico, apenas piadas ou boatos maldosos sobre a Dilma. Propostas do candidato Serra eu não recebi NENHUMA!!
Sobre o que dizem de a Dilma ser assassina, sugiro que antes de apenas acreditarem em informações manipuladas e contadas pela metade, o povo deveria parar e estudar apenas um pouquinho sobre a história do Brasil e principalmente sobre o periodo MALDITO da ditadura militar, onde todo o povo brasileiro teve podadas suas diversas liberdades (como as de expressão, imprensa e organização), naquela época foram tiradas dos curriculos os ensinos de sociologia e filosofia, para o governo militar não interessava um povo que pensasse, sendo assim,
milhares de pessoas (inclusive a Dilma) foram torturadas e outras tantas mortas em todos os cantos do país, outros tantos tiveram que fugir e se exilar em outros países como por exemplo Caetano Veloso, Gilberto Gil, Lula, José Serra, Zé Dirceu, Brizola, Betinho, Chico Buarque, Raul Seixas, Oscar Niemeyer entre diversos outros. Eu, naquela época, também estaria muito provavelmente figurando na lista dos torturados, dos exilados ou até mesmo dos mortos...
Acho um absurdo que Serra esteja usando tal assunto em sua campanha sendo que ele foi um dos que sofreu na época da ditadura militar!!!

Sobre o aborto: inicialmente acho importante salientar que este assunto é um tema de saúde nacional e que enquanto todos politicos fazem vista grossa para ele, milhares e milhares de mulheres morrem todos os dias. O estado é laico, penso que o aborto deva ser discutido com seriedade e sem influência de entidades religiosas. Pouco me interessa que os candidatos sejam a favor ou contra o aborto, o fato é que o assunto urge e precisa ser pensado no país.
Agora, ver campanhas como a de Serra que pregam o confronto religioso é uma vergonha!!
Ele não tem o direito fazer campanha usando tal assunto pois quando ministro da saúde em 1998 foi ele quem ordenou e assinou as regras para fazer os abortos previstos em lei (link da lei: http://www.cfemea.org.br/pdf/normatecnicams.pdf ). Portanto, Serra jamais pode receber o voto de quem milita incondicionalmente contra qualquer prática relacionada ao aborto.
Quanto a Marina Silva, simpatizei com ela no primeiro turno, acho que ela tem um belo futuro politico pela frente e o Brasil ainda pode ganhar muito com ela, mas, isto vai depender muito de sua postura e da postura do PV no segundo turno, acredito que ela não deva apoiar nenhum dos candidados, até porque ela disparou contra todos no primeiro turno. Se ela apoiar a Dilma eu até entenderia por ela ter suas origens no PT e ter um pensamento mais "de esquerda", mas, se ela apoiar Serra, aí sim vai ir contra toda a sua ideologia e sua história de vida. Sobre cargos e ministérios, se o PV e a Marina resolverem dar seu apoio para aqueles que oferecerem mais vantagens, sinceramente, daí acho que ela jogou todo o seu discurso no lixo e eu perderei toda a admiração que tenho por ela, vai mostrar que não tem nada de novo, e que a terceira via verde não passa da velha estrada lamacenta e cheia de lixo que todos já conhecem.

Links interessantes:
Pronunciamento dos Batistas: http://www.aliancadebatistas.com.br/page/modules/smartsection/item.php?itemid=28
Sobre o golpe: http://pt.wikipedia.org/wiki/Golpe_de_Estado_no_Brasil_em_1964
Lista de exilados, mortos e presos:
http://pt.wikipedia.orgwikiLista_de_cassados,_exilados,_presos,_torturados
_ou_mortos_pelo_Regime_Militar_de_1964

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

ABORTO

TEXTO RETIRADO DO BLOG http://cafeeaspirinas.blogspot.com/
O mesmo trata sobre o aborto e o fato de ele ter virado assunto eleitoral apenas na busca por votos, sem ter sido realmente pensado e discutido seriamente em momento algum por ninguém...

Ser ou não ser contra: esta não é a questão

O aborto é uma discussão séria que está sendo reduzida a um embate eleitoreiro entre Serra e Dilma. O aborto acontece todos os dias, queiramos ou não, sejamos nós contra ou a favor. As mulheres fazem aborto há centenas de anos, é o método contraceptivo mais antigo, por muitos considerado mais seguro e menos prejudicial à saúde do que a pílula. Desde que feito por um médico e em condições adequadas, óbvio.

A discussão que precisa ser travada sem descanso é o que fazer para que as mulheres parem de morrer por abortar em casa, usando agulhas de tricô, ou em consultórios podres, nas mãos de açougueiros. Esta sim é uma questão séria, de saúde pública, para a qual todos, repito, todos os governos viram as costas.

Por medo de tratar de um assunto que envolve questões morais e religiosas e com isso perder alguns currais eleitorais e apoios financeiros de empresários conservadores ligados a igrejas poderosas, os governantes estão deixando milhares de mulheres morrerem todos os anos. O aborto clandestino é a quarta causa de morte materna no Brasil. Das 87 milhões de mulheres que sofrem todo ano no planeta com o peso de uma gravidez indesejada, mais da metade aborta. Das 46 milhões de mulheres que optam por abortar, 18 milhões o fazem em condições precárias, de forma insegura, insalubre, porque não têm recursos próprios e porque não há amparo legal para que esse procedimento seja realizado em hospitais públicos. Dessas 18 milhões de mulheres abandonadas por seus governantes, 70 mil morrem, ou no momento do aborto ou por infecções consequentes. São dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), não foram inventados por mim, e são baseados em abortos relatados - o número concreto de abortos clandestinos ninguém sabe.

Grande parte dessas mulheres aborta porque já tem filhos e não pode arcar financeiramente com mais uma vida, especialmente nesse novo mundo em que as mulheres se tornam cada vez mais as provedoras do lar. Estas deixam órfãos, pra completar a desgraça. Enquanto políticos demagogos e fanáticos religiosos discutem se é criminosa ou não a interrupção de uma vida embrionária, milhares de crianças estão perdendo suas mães para o aborto clandestino. Mães que são tratadas como criminosas pelo poder público, quando deveriam ser amparadas e orientadas.

E agora, Zé? E agora, Dilma? Quais são seus planos pra evitar o assassinato dessas milhares de mulheres brasileiras, essa chacina que acontece anualmente nas barbas dos nossos governantes? O que vocês propõem para estancar o sangue de milhares de ex-rainhas do lar, hoje chefes de família apavoradas e desamparadas?

Esta é a minha questão, e é urgente.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

HETERONORMATIVIDADE

Segue na sequência um texto longo...que eu e minha turma do pós discutimos em aula... vale a leitura e a reflexão!!
A autora é a Guacira Lopes Louro, uma de nossas professoras na UFRGS e figura muito importante no Brasil quando se trata de estudos de gênero, sexualidade e educação.
Namastê,
Nicole

Heteronormatividade e homofobia

Guacira Lopes Louro/UFRGS

Notas para conferência de abertura do
I Simpósio Paraná-São Paulo de Sexualidade e Educação Sexual,
Araraquara, abril de 2005.


Um diário, escrito no século XIX, é descoberto muitos anos depois. Trata-se das memórias de um jovem hermafrodita que narra suas poucas alegrias e suas muitas tristezas e angústias ao longo da curta vida. Herculine Barbin é inicialmente criada como uma moça, Alexina, no interior de um internato feminino católico e, posteriormente, é reconhecido como sendo um rapaz e se vê obrigado a trocar de sexo. As humilhações e o drama que experimenta neste processo acabam por levá-lo ao suicídio. A história talvez não seja tão extraordinária ou incomum, mas o fato é que as memórias desse jovem acabaram sendo publicadas, já em pleno século XX, precedidas de um texto de Michel Foucault. Apesar de toda a curiosidade que pode cercar o diário de Alexina/Herculine, o que me interessa particularmente explorar, neste momento, é o pequeno prefácio de Foucault, ou, mais precisamente, aproveitar a pergunta inicial que ele faz para também com ela iniciar minha fala. Escreve Foucault: “Precisamos verdadeiramente de um verdadeiro sexo?” E continua, respondendo em seguida: “Com uma constância que chega às raias da teimosia, as sociedades do ocidente moderno responderam afirmativamente a essa pergunta”.

Neste pequeníssimo trecho, já se colocam duas expressões que me parecem especialmente instigantes: o sexo e a verdade. Sobre elas eu gostaria de provocar vocês. Afinal estamos reunidos num simpósio de Sexualidade e, provavelmente, aqui nos veremos enredados em debates que mobilizam várias perspectivas teóricas – todas a seu modo verdadeiras.

No texto de Foucault, há, por um lado, o encaminhamento de uma resposta à pergunta que propôs: ele indica, de forma categórica, que o sexo, melhor será dizer a sexualidade, se constituiu em uma questão não só importante, mas perturbadora e decisiva para as sociedades ocidentais.

Por outro lado, propõe a questão da verdade. Vale dizer que o filósofo teve o cuidado de destacar graficamente, neste prefácio, o advérbio verdadeiramente e o adjetivo verdadeiro. Evidentemente, não posso afirmar com segurança porque ele fez isso, mas acho razoável supor que ele quisesse nos lembrar que colocava essas expressões sob suspeita.

Seguindo o pensamento de Foucault, poderíamos dizer que uma “verdade” só aparece quando pode aparecer. Em um dado momento, um conjunto de circunstâncias se combina e possibilita que algo seja admitido como verdade. Esse conjunto de circunstâncias está atravessado e ordenado por determinadas relações de poder. Sendo assim, é possível compreender que determinadas relações de poder permitem que determinadas “verdades” (e não outras) apareçam. Daí que os saberes ou os enunciados “verdadeiros” em torno dos quais nós vivemos e com os quais lidamos cotidianamente precisam ser analisados em função das estratégias de poder que os sustentam. Isso vale para as teorias, leis ou regras do passado, mas deve valer, também, para aquelas que hoje abraçamos, para aquelas que nos mobilizam e nas quais apostamos.

É claro que é mais fácil assumir uma postura crítica em relação ao passado. É provável que possamos entender que determinadas estratégias e tecnologias de poder estão articuladas na constituição dos discursos “científicos” antigos; por exemplo, discursos que “comprovavam” que tais e tais sujeitos ou que tais e tais práticas eram sadios ou doentes, positivos ou negativos. Há que admitir que foi e que é assim que se produzem discursos jurídicos, religiosos, educativos, psicológicos os quais mostram ou tornam evidente os sujeitos e as práticas que são bons ou que são maus, integrados ou desintegrados, produtivos ou prejudiciais para o conjunto da sociedade. Determinadas relações e as estratégias de poder se sustentam através desses saberes e “verdades”, elas precisam desses discursos para se tornarem evidentes o que, paradoxalmente, faz com que essas relações de poder se tornem invisíveis. Não há como negar (e isso muitos de nós podemos atestar por experiência própria) que quanto menos for notada ou quanto mais for invisível uma relação de poder mais ela será eficiente.

Sabemos também que, num determinado momento (que, numa perspectiva foucaultiana poderia ser compreendido como o século XIX, talvez mais especialmente a metade final desse século), passou-se a prestar uma especialíssima atenção à definição da sexualidade. A questão da sexualidade tornou-se central para os estados e também para os indivíduos. Na verdade, o processo já vinha se desenrolando há algum tempo, desde o século XVIII, pelo menos: transformações políticas, culturais, sociais e econômicas articuladas ao industrialismo e à revolução burguesa, acompanhadas por uma outra divisão sexual do trabalho e, junto com ela, pela circulação de idéias de caráter feminista, foram constituindo todo um conjunto de condições para que os corpos, a sexualidade e a existência de homens e mulheres fossem significados de outro modo. Laqueur (1990) diz que se construiu, por essa época, um novo corpo sexuado. Mas ele alerta que não seria adequado afirmar que qualquer um desses eventos “provocou a construção desse novo corpo sexuado”, em vez disso, seria importante lembrar que “a reconstrução do corpo é, ela própria, intrínseca a cada um desse desenvolvimentos” (Laqueur, 1990, p. 11).

Este estudioso conta que, até o inicio do século XIX, as sociedades ocidentais tinham um modelo sexual que hierarquizava os sujeitos ao longo de um único eixo, cujo vértice era o masculino. Entendia-se que os corpos de mulheres e de homens diferiam em “graus” de perfeição; a “verdade” era que as mulheres tinham, “dentro de seu corpo”, os mesmo órgãos genitais que os homens tinham externamente. Em outras palavras, afirmava-se, cientificamente, que “as mulheres eram essencialmente homens nos quais uma falta de calor vital – de perfeição – havia resultado na retenção, interna, de estruturas que nos machos eram visíveis” (Laqueur, 1990, p.4). A substituição desse modelo (de um único sexo) pelo modelo de dois sexos opostos, que é o modelo que até hoje prevalece, não foi um processo simples, nem linear. Essa transformação de ordem epistemológica – e também política, é claro – se deu junto com todo aquele conjunto de transformações que mencionei anteriormente. E, por um largo tempo, houve embate e disputa entre esses modelos sexuais.

Nessa nova compreensão da sexualidade passava-se a prestar uma atenção especial aos corpos, às suas estruturas e características materiais e físicas. Antes, a explicação para as formas de relacionamento entre mulheres e homens e para as diferenças percebidas entre eles era buscada na Bíblia, nos textos sagrados; essas diferenças eram, enfim, vinculadas a uma dimensão cósmica mais ampla. O corpo tinha, então, menos importância. Mas agora ele passaria a ter um papel primordial. Como diz Linda Nicholson (2000), o corpo se tornou causa e justificativa das diferenças. O corpo passou a ser aquilo que dá origem às diferenças.

O que temos aqui, então, é a constituição de uma nova episteme, de um novo conjunto de regras ou de formas de compreender e dar sentido ao mundo. Novos saberes, novas verdades são instituídas. Como parte desse contexto – aliás como parte especialmente importante – foram sendo construídas novas formas de representar e dar significado ao homem e à mulher, às suas relações, à sexualidade.Tais mudanças não são nada banais: elas são constituídas e constituintes de outras estratégias e relações de poder.

Como os novos estados nacionais estarão agora, mais do que antes, preocupados em controlar suas populações e garantir sua produtividade, seus governantes vão investir, então, numa série de medidas voltadas para a vida: passam a disciplinar a família e a dar especial atenção à reprodução e às práticas sexuais. É importante prestar atenção em quem, neste contexto, tem autoridade para afirmar a verdade e quem será o alvo preferencial de ação dos governos.

Ao final do século XIX, serão homens, médicos e também filósofos, moralistas e pensadores (das grandes nações da Europa) que vão fazer as mais importantes“descobertas” e definições sobre os corpos de homens e mulheres. Será o seu olhar “autorizado” que irá estabelecer as diferenças relevantes entre sujeitos e práticas sexuais, classificando uns e outros sob o ponto de vista da saúde, da moral e da higiene. Não é de estranhar, pois, que a linguagem e a ótica empregadas em tais definições sejam marcadamente masculinas; que as mulheres sejam concebidas como portadoras de uma sexualidade ambígua, escorregadia e potencialmente perigosa; que os comportamentos das classes média e alta dos grupos brancos das sociedades urbanas ocidentais tenham se constituído na referência para estabelecer o que era ou não apropriado, saudável ou bom. Nascia a sexologia. Inventavam-se tipos sexuais, decidia-se o que era normal ou patológico e esses tipos passavam a ser hierarquizados. Buscava-se, tenazmente, conhecer, explicar, identificar e também classificar, dividir, regrar e disciplinar a sexualidade. Tais discursos, carregados da autoridade da ciência, gozavam do estatuto de verdade e se confrontavam ou se combinavam com os discursos da igreja, da moral e da lei.

É nesse contexto que surge o homossexual e a homossexualidade. Práticas afetivas e sexuais exercidas entre pessoas de mesmo sexo (que sempre existiram, em todas as sociedades) ganham agora uma nova conotação. Não serão mais compreendidas, como eram até então, como um acidente, um pecado eventual, um erro ou uma falta a que qualquer um poderia incorrer, pelo menos potencialmente. Por certo, em muitas sociedades, aqueles que incorriam nessa falha mereciam ser punidos e o perdão lhes era concedido a duras penas (quando era!). No entanto, agora tais práticas passam compreendidas de um modo bem distinto. Entende-se que elas revelam uma verdade oculta do sujeito. O homossexual não era simplesmente um sujeito qualquer que caiu em pecado, ele se constituía num sujeito de outra espécie. Para este tipo de sujeito, haveria que inventar e pôr em execução toda uma seqüência de ações: punitivas ou recuperadoras, de reclusão ou regenerção, de ordem jurídica, religiosa ou educativa.

Tendo sido nomeado o homossexual e a homossexualidade, ou seja, o sujeito e a prática desviantes, tornava-se necessário nomear, também, o sujeito e a prática que lhes haviam servido como referência. O que era “normal” até então não tinha um nome. Era, supostamente, onipresente, evidente por si mesmo e, conseqüentemente (por mais paradoxal que pareça) era invisível. O que até então não precisara ser marcado agora também tinha de ser identificado. Daí o surgimento da expressão heterossexual e heterossexualidade.

Estabelecia-se, a partir daí, o par heterossexualidade/homossexualidade (e também heterossexual/homossexual) como uma oposição fundamental, decisiva e definidora de práticas e sujeitos. Uma oposição que compreende o primeiro elemento como primordial e o segundo como subordinado. Uma oposição que, segundo teóricos contemporâneos, está onipresente em nossas sociedades, marcando saberes, instituições, práticas, valores. Consolidava-se um marco, uma referência mestra para a construção dos sujeitos.

Na perspectiva pós-estruturalista, seria nossa função, como intelectuais, perturbar a aparente solidez desse par binário. Se acompanharmos o que diz Derrida, entenderemos que esses dois elementos estão mutuamente implicados, dependem um do outro para se afirmar, supõem um ao outro. Ainda que, por toda a parte, se afirme a primazia da heterossexualidade, já observamos que, curiosamente, ela se constituiu como a sexualidade-referência depois da instituição da homossexualidade. A heterossexualidade só ganha sentido na medida em que se inventa a homossexualidade. Então, ela depende da homossexualidade para existir. O mesmo pode ser dito em relação ao sujeito heterossexual: sua definição carrega a negação de seu oposto. Ao dizer: eu sou heterossexual, um homem ou uma mulher acaba, invariavelmente, por ter de recorrer a algumas características ou marcas atribuídas ao homossexual, na medida em que ele ou ela precisa afirmar, também, o que não é. Do outro lado do par o movimento será o mesmo: a homossexualidade também precisa da heterossexualidade para dizer de si. Há uma reciprocidade nesse processo. A dicotomia se sustenta numa única lógica.

Mas a manutenção dessas posições hierarquizadas não acontece sem um investimento continuado e repetitivo. Para garantir o privilégio da heterossexualidade – seu status de normalidade e, o que ainda é mais forte, seu caráter de naturalidade – são engendradas múltiplas estratégias nas mais distintas instâncias (na família, na escola, na igreja, na medicina, na mídia, na lei). Através de estratégias e táticas aparentes ou sutis reafirma-se o principio de que os seres humanos nascem como macho ou fêmea e que seu sexo – definido sem hesitação em uma dessas duas categorias – vai indicar um de dois gêneros possíveis – masculino ou feminino – e conduzirá a uma única forma normal de desejo, que é o desejo pelo sujeito de sexo/gênero oposto ao seu.

Esse alinhamento (entre sexo-gênero-sexualidade) dá sustentação ao processo de heteronormatividade, ou seja, à produção e reiteração compulsória da norma heterossexual. Supõe-se, dentro dessa lógica, que todas pessoas sejam (ou devam ser) heterossexuais – daí que os sistemas de saúde ou de educação, o jurídico ou o mediático sejam construídos à imagem e semelhança desses sujeitos. São esses sujeitos que estão plenamente qualificados para usufruir desses sistemas ou de seus serviços e para receber os benefícios do estado. Os outros, que fogem à norma, poderão, na melhor das hipóteses, ser reeducados, reformados (se for adotada uma ótica de tolerância e complacência) ou serão relegados a um segundo plano (tendo de se contentar com recursos alternativos, restritivos, inferiores), quando não são simplesmente excluídos, ignorados ou mesmo punidos. Ainda que se reconheça tudo isso, a atitude mais freqüente é a desatenção ou a conformação. A heteronormatividade só é reconhecida como um processo social, ou seja, como algo que é fabricado, produzido, reiterado e somente passa a ser problematizada a partir da ação de intelectuais ligados aos estudos de sexualidade, especialmente aos estudos gays e lésbicos e à teoria queer.

Stevi Jackson (2005) diz que a grande utilidade do conceito de heteronormatividade “consiste em poder nos alertar para as formas pelas quais a norma heterossexual é tramada no tecido social de nossas vidas numa série de níveis, do institucional ao cotidiano” e que isso se dá de forma consistente, ainda que, por vezes, seus efeitos sejam contraditórios. Ele sugere, também, que se pense nas intersecções entre heterossexualidade e gênero, afirmando que essas intersecções são complexas.

O processo de reiteração da heterossexualidade adquire consistência (e também invisibilidade) exatamente porque é empreendido de forma continuada e constante (e também, muitas vezes, sutil) pelas mais diversas instâncias sociais. Os discursos mais autorizados nas sociedades contemporâneas repetem a norma regulatória que supõe um alinhamento entre sexo-gênero-sexualidade. Por certo circulam também (e cada vez com mais força) discursos divergentes e práticas subversivas dessa norma, produzidos a partir das posições subordinadas. Os movimentos organizados das chamadas “minorias sexuais” têm conseguido, nas últimas décadas, expressivos avanços no campo midiático ou mesmo jurídico, com alguns efeitos, também, no campo que atuamos, o da educação. Há, contudo, sérios limites nesse processo, os quais pretendo indicar a seguir. Antes, me parece importante enfatizar dois pontos:

Primeiro, que a norma precisa ser reiterada, constantemente. Não há nenhuma garantia que a heterossexualidade aconteça naturalmente, pois, se isso fosse seguro, não seriam feitos tantos esforços para afirmar e reafirmar essa forma de sexualidade. Segundo, que a norma pode e é subvertida. Todos os dias, em todos os espaços, homens e mulheres desafiam esta norma. Alguns sujeitos embaralham códigos de gêneros ou atravessam suas fronteiras; alguns articulam de formas distintas sexo-gênero-sexualidade; outros ainda criticam a norma através da paródia ou da ironia. A heteronormatividade se constitui, portanto, num empreendimento cultural que, como qualquer outro, implica em disputa política.

Outra idéia sugestiva é a de que há, provavelmente, especiais intersecções entre heterossexualidade e gênero. Temos de reconhecer que sexualidade e gênero estão profundamente articulados, talvez mesmo, muito freqüentemente, se mostrem confundidos. Experimentações empreendidas no “território” da sexualidade acabam por ter efeitos no âmbito do gênero. Basta lembrar quão freqüentemente se atribui a um homem homossexual a qualificação de “mulherzinha” ou se supõe que uma mulher lésbica seja uma mulher-macho. A transgressão da norma heterossexual não afeta apenas a identidade sexual do sujeito mas é, muitas vezes, representada como uma “perda” do seu gênero “original”. Penso que, em nossa cultura, esse movimento, ou seja, o processo de heteronormatividade seja exercido de modo mais intenso ou mais visível em relação ao gênero masculino. Como educadoras, observamos que, desde os primeiros anos de infância, os meninos são alvo de uma especialíssima atenção na construção de uma sexualidade heterossexual. As práticas afetivas entre meninas e mulheres parecem ter, em nossa cultura, um leque de expressões mais amplo do que aquele admitido para garotos e homens. A intimidade cultivada nas relações de amizade entre mulheres e a expressão da afetividade por proximidade e toque físico podem borrar possíveis divisórias entre essas relações de amizade e relações amorosas e sexuais. Daí que a homossexualidade feminina pode se constituir de forma mais invisível. Abraços, beijos, mãos dadas, a atitude de “abrir o coração” para a amiga/parceira são práticas comuns do gênero feminino em nossa cultura. Essas mesmas práticas não são, contudo, estimuladas entre os meninos ou entre os homens. A “camaradagem” masculina tem outras formas de manifestação: poucas vezes é marcada pela troca de confidências (muito comum entre as mulheres); e o contato físico ainda que plenamente praticado em algumas situações (nos esportes, como no futebol, por exemplo) se dá cercado de maiores restrições entre eles do que entre elas (não só em termos das áreas do corpo que podem ser tocadas como do tipo de toque que visto como adequado).

O processo de heteronormatividade não apenas se torna mais visível em sua ação sobre os sujeitos masculinos mas aparece aí, mais freqüentemente, associado com a homofobia. Pela lógica dicotômica, os discursos e as práticas que constituem o processo de masculinização implicam na negação de práticas ou características referidas ao gênero feminino e essa negação se expressa, muitas vezes, por uma intensa rejeição ou repulsa dessas práticas e marcas femininas (o que caracterizaria, no limite, a misoginia). É possível observar, ainda, que, na construção da identidade de gênero masculina, a centralidade da sexualidade tem sido mais reiterada, culturalmente, do que na construção da identidade feminina (pelo menos em sociedades como a nossa). Uma vida sexual ativa – leia-se uma vida heterossexual ativa – parece ser um elemento recorrente na representação da masculinidade (não acontecendo o mesmo em relação à feminilidade). Vale lembrar, por exemplo, o quanto a impotência sexual é representada, em nossa cultura, como uma grave ameaça à identidade masculina. Podemos dizer que os discursos e as práticas envolvidas no processo de masculinização se vêem inundados pela preocupação em afastar ou negar qualquer vestígio de desejo que não corresponda a norma sancionada. O medo e a aversão pela homossexualidade são cultivados em associação à heterossexualidade.

Evidentemente, tudo isso é cultural, histórico, portanto dinâmico, ou seja, passível de transformações. Antes, afirmei que, ao lado dos discursos que reiteram a norma heterossexual, circulam também discursos divergentes e práticas subversivas, e parece notório que esses processos de subversão e desafio da norma vêm se tornando, contemporaneamente, cada vez mais visíveis. Sugeri, contudo que há limites nesse processo e gostaria de fazer um breve comentário a respeito.

A premissa sexo-gênero-sexualidade sustenta-se numa lógica que supõe o sexo como “natural”, entendendo este natural como “dado”. Ora, dentro desta lógica, o caráter imutável, a-histórico e binário do sexo impõe limites à concepção de gênero e de sexualidade. Na medida em que se equaciona a natureza (ou o que é “natural”) com a heterossexualidade, isto é, com o desejo pelo sexo/gênero oposto, se passa a supô-la como a forma compulsória de sexualidade. Dentro desta lógica, os sujeitos que, por qualquer razão ou circunstância, escapam da norma e promovem uma descontinuidade na seqüência serão tomados como “minoria” e serão colocados à margem tanto das preocupações da escola, como da justiça ou da sociedade em geral. Paradoxalmente, esses sujeitos “marginalizados” continuam necessários, pois servem para circunscrever os contornos daqueles que são normais e que, de fato, se constituem nos sujeitos que importam. O limite do “pensável”, no campo dos gêneros e da sexualidade, fica circunscrito, pois, aos contornos dessa sequência “normal”. Como a lógica é binária, há que admitir a existência de um pólo desvalorizado – um grupo designado como minoritário que pode ser tolerado como desviante ou diferente; contudo, é insuportável pensar em múltiplas sexualidades. A idéia de multiplicidade escapa da lógica que rege toda essa questão. E acho que aqui se inscreve um importante limite desse processo epistemológico. Poderíamos perguntar: onde ficam os sujeitos que não ocupam nenhum dos dois lados dessa polaridade? Como se representa, o que se “faz” com os sujeitos bissexuais, transgêneros, travestis, com as drags?

A episteme dominante não dá conta da ambigüidade e do atravessamento das fronteiras de gênero e de sexualidade. A lógica binária não permite pensar o que escapa do dualismo. Não tenho qualquer pretensão de sugerir uma resposta para esse impasse. Parece-me, no entanto, sugestivo encerrar esta fala que, privilegiadamente, abre este seminário, propondo a ousadia para problematizar o estatuto de “verdade” da dicotomia heterossexualidade/homossexualidade como categoria explicativa da sociedade contemporânea. Será possível descontruir essse binarismo? Demonstrar suas formas de produção? Estranhar sua intrincada presença na intimidade das instituições sociais, nos processos de produção do conhecimento e das relações entre os sujeitos?

quarta-feira, 23 de junho de 2010

ALEJANDRO... Significado

Pra não ficar só nas especulações, fui a caça do verdadeiro significado do clipe Alejandro da nossa gaguissima LADY, como todos já sabemos a música é uma homenagem aos homossexuais... no clipe podemos ter várias idéias sobre o que ela quis mostrar ou criticar...mas agora segue tudo bem explicadinho...hehe
Quanto a mim, cada vez admiro mais a GAGA!!!
Namastê,
Nic

No clipe , GaGa quer mostrar que vivemos em uma ditadura do amor hetero, e por causa disso sofremos ( a parte do coração com uma estaca no meio ).
GaGa quer Alejandro , Fernando e Roberto , porém eles são gays , então ela decide amarra-los pra fazer o que ela quer com eles ( a parte que eles estão na cama , de salto alto ).
Logo depois aparece um grupo de gays (Alejandro , Roberto e Fernando estão incluídos) e começam a agredir e rejeitar a GaGa por ela querer eles , mesmo sendo gays. GaGa decide virar freira depois de sofrer tanto por amor.
Também mostra que as pessoas são manipuladas pelas outras ( ou fios como se ela fosse uma marionete). Há uma grande apresentação, um prenúnicio do que vem. Apesar do caixão o funeral se trata do coração da GaGa, que estava ferido e cheio de agulhas.
GaGa sacrifica o seu coração pelos homossexuais. Ela deixa de amar os homens para que eles se amem. Depois ela posa de rainha com aquele binóculo que o Hitler foi visto com, observando os homens que estão em um local como uma concetração militar. A neve deixa claro falar sobre os tempos nazistas da Alemanha.
Depois começa a parte religiosa, as camas remetem aos quartos do seminaristas. Onde a gente sabe haver casos homossexuais. Os homens nos saltos mostram a lama feminina no corpo masculino, mostrando a sexualidade é psiquica e nao biológica.
Depois vem parte da contraposição da religião a homossexualidade. Por fim com armas em seus seios, imagens de holocausto (fazendo alusão ao holocausto judeu onde milhões de homossexuais foram assassinados), falam da violência cotidiana que homossexuais sofrem na sociedade.
Lady Gaga tem se dedicado de corpo e alma a uma causa minoritária, fazendo de seus vídeoclipes referências políticas. Fazendo com que ela não seja um "produto" vazio na industria POP.
Fonte: http://www.ladygagafan.org/entenda-mais-…
Obs: Parte em que Lady Gaga engole o terço: Muitos falaram que era uma agressão da parte dela à igreja, mas não se deram conta de que os homossexuais são agredidos todos os dias pela igreja e por outras religiões.

http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20100611095001AABsOi6

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Te amo e seremos felizes para sempre. Simples assim? (Por Nicole)

A se a vida fosse fosse como nas histórias infantis, onde apenas o amor já fosse o suficiente, e onde todos viveriam sempre felizes para sempre.
Mas infelizmente a vida passa longe disto, e vivemos em um emaranhado de confusões, sentimentos e emoções diárias.
Se pudessemos apenas amar... a como seria gostoso... mas ao mesmo tempo temos que estudar, trabalhar, pagar as contas, manter a forma, cuidar dos bichos, da familia..
Se só o amor fosse suficiente ele se bastaria, e poderiamos viver só pra ele, mas ele não é... por isto, para ele acabam restando apenas os piores momentos do nosso dia, o finzinho da noite, após um exaustivo dia de trabalho e estudo..ou quem sabe apenas um ou dois dias na semana, ou quem sabe um ou dois dias no mês...
Se pudessemos parar tudo.... pára o mundo que eu quero descer, me deixem viver....nananão...tudo acontece ao mesmo tempo e junto ao amor que sentimos e a vontade da presença de alguém, temos diversos problemas em nossas cabeças pra resolver e sempre algum outro compromisso, hora marcada pra tudo...
Já vi a vida como ela é...to sentindo na pele...e ela não é fácil... e por isto que apenas o amor (infelizmente) não é suficiente, acredito que pra um relacionamento sobreviver em meio a tanta confusão, tem que ter muitooo amor mesmo, muito carinho, respeito, a pessoa tem que se sentir assumida em sua vida, eu tenho que saber que sou apenas uma parte, mas preciso sentir como se fosse o todo, jamais posso me sentir escondida...
Acho que sou meio destrambelhada... meio espalhafatosa... e reparei que só o amor pra mim não basta... preciso de alguém que realmente me assuma... eita vida complicada esta heim...se ela fosse mais fácil...seria tão fácil...
Namastê,
Nicole

segunda-feira, 29 de março de 2010

TORRADAS QUEIMADAS

TORRADAS QUEIMADAS!
Quando eu ainda era um menino, ocasionalmente, minha mãe gostava de fazer um lanche, tipo café da manhã, na hora do jantar. E eu me lembro especialmente de uma noite, quando ela fez um lanche desses, depois de um dia de trabalho, muito duro.
Naquela noite longínqua, minha mãe pôs um prato de ovos, linguiça e torradas bastante queimadas, defronte ao meu pai. Eu me lembro de ter esperado um pouco, para ver se alguém notava o fato. Tudo o que meu pai fez, foi pegar a sua torrada, sorrir para minha mãe e me perguntar como tinha sido o meu dia, na escola.
Eu não me lembro do que respondi, mas me lembro de ter olhado para ele lambuzando a torrada com manteiga e geléia e engolindo cada bocado. Quando eu deixei a mesa naquela noite, ouvi minha mãe se desculpando por haver queimado a torrada. E eu nunca esquecerei o que ele disse:
" - Amor, eu adoro torrada queimada..."
Mais tarde, naquela noite, quando fui dar um beijo de boa noite em meu pai, eu lhe perguntei se ele tinha realmente gostado da torrada queimada. Ele me envolveu em seus braços e me disse:
" - Companheiro, sua mãe teve um dia de trabalho muito pesado e estava realmente cansada... Além disso, uma torrada queimada não faz mal a ninguém. A vida é cheia de imperfeições e as pessoas não são perfeitas. E eu também não sou o melhor marido, empregado, ou cozinheiro!"
O que tenho aprendido através dos anos é que saber aceitar as falhas alheias, escolhendo relevar as diferenças entre uns e outros, é uma das chaves mais importantes para criar relacionamentos saudáveis e duradouros. Essa é a minha oração para você, hoje. Que possa aprender a levar o bem ou o mal colocando-as aos pés de Deus. Porque afinal, Ele é o único que poderá lhe dar uma relação na qual uma torrada queimada não seja um evento destruidor."
De fato, poderíamos estender esta lição para qualquer tipo de relacionamento: entre marido e mulher, pais e filhos, irmãos, colegas e com amigos. Não ponha a chave de sua felicidade no bolso de outra pessoa, mas no seu próprio. Veja pelos olhos de Deus e sinta pelo coração dele; você apreciará o calor de cada alma, incluindo a sua.
As pessoas sempre se esquecerão do que você lhes fez, ou do que lhes disse. Mas nunca esquecerão o modo pelo qual você as fez se sentir.
(autor desconhecido)

Que eu consiga sempre fazer o bem, que quem passe ao meu lado possa pelo menos sorrir...
Namastê,
Nicole

quarta-feira, 24 de março de 2010

Stairway To Heaven

Stairway To Heaven
Escadaria Para o Paraíso
There's a lady who's sure all that glitters is gold
Há uma senhora que acredita que tudo o que brilha é ouro
And she's buying a stairway to heaven
E ela está comprando uma escadaria para o paraíso
And when she gets there she knows if the stores are all closed
Quando ela chega lá ela descobre que se as lojas estiverem todas fechadas
With a word she can get what she came for
Com apenas uma palavra ela consegue o que veio buscar
Oh, and she's buying a stairway to heaven
E ela está comprando uma escadaria para o paraíso
There's a sign on the wall but she wants to be sure
Há um cartaz na parede mas ela quer ter certeza
'Cause you know sometimes words have two meanings
Porque você sabe que às vezes as palavras têm duplo sentido
In the tree by the brook there's a songbird who sings
Em uma árvore a beira do riacho há um rouxinol que canta
Sometimes all of our thoughts are misgiving
Às vezes todos os nossos pensamentos estão errados.
(2x)
(2x)
Oh, it makes me wonder
Isto me faz pensar
There's a feeling I get when I look to the west
Há algo que sinto quando olho para o oeste
And my spirit is crying for leaving
E meu espírito chora ao partir
In my thoughts I have seen rings of smoke through the trees
Em meus pensamentos tenho visto anéis de fumaça atravessando as árvores
And the voices of those who stand looking
E as vozes daqueles que ficam parados olhando
Oh, it makes me wonder
Isto me faz pensar
Oh, and it makes me wonder
Isto realmente me faz pensar
And it's whispered that soon, if we all called the tune
E um sussurro avisa que em breve se todos entoarmos a canção
Then the piper will lead us to reason
O flautista nos levará à razão
And a new day will dawn for those who stand long
E um novo dia irá nascer para aqueles que suportarem
And the forest will echo with laughter
E a floresta irá ecoar gargalhadas
Woe, oh
Woe, oh
If there's a bustle in your hedgerow
Se há um alvoroço em sua horta
Don't be alarmed now
Não fique assustada
It's just a spring clean for the May Queen
É apenas limpeza de primaveril da rainha de maio
Yes there are two paths you can go by
Sim, há dois caminhos que você pode seguir
But in the long run
Mas na longa estrada
There's still time to change the road you're on
Há sempre tempo de mudar o caminho que você segue
And it makes me wonder
E isso me faz pensar
Oh...Oh
Your head is humming and it won't go, in case you don´t know
Sua cabeça lateja e não vai parar caso você não saiba
The piper's calling you to join him
O flautista te chama para você se juntar a ele
Dear lady can you hear the wind blow and did you know
Querida senhora, pode ouvir o vento soprar? e você sabia
Your stairway lies on the whispering wind
Sua escadaria repousa no vento sussurrante
And as we wind on down the road
E enquanto corremos soltos pela estrada
Our shadows taller than our souls
Com nossas sombras mais altas que nossas almas
There walks a lady we all know
Lá caminha uma senhora que todos conhecemos
Who shines white light and wants to show
Que brilha luz branca e quer mostrar
How everything still turns to gold
Como tudo ainda vira ouro
And if you listen very hard
E se você ouvir com atenção
The tune will come to you at last
A canção irá finalmente chegar a você
When all are one and one is all, yeah
Quando todos são um e um é o todo
To be a rock and not to roll
Ser uma rocha e não rolar
Oh
Oh
And she's buying a stairway to heaven
E ela está comprando uma escadaria para o paraíso...

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Erros...

Aquele que consegue olha pra si, enxergar seus erros e ter a humildade de reconhece-los já é um vencedor, está no caminho da evolução.
Enquanto for mais fácil se fazer de vitima ou tentar achar possíveis culpados para seus erros...eis alguém que ainda tem um longo caminho a trilhar.
Namastê,
Nicole

Deixo aqui o texto do perfil do orkut de uma amiga minha... sábias palavras....

Eu sou os meus sentimentos.
Eu sou os meus pensamentos.
Eu sou os meus princípios.
E finalmente, eu sou meus atos.
Todas minhas qualidades e defeitos existem por que assim permiti. E todos meus erros foram parte importante do meu processo que me trás até aqui, visto que se nunca tivesse errado, dificilmente comprenderia a profundidade e a beleza do certo.
Muitas pessoas dizem que você é responsável por seus atos.
Eu digo que você é responsável por quem você É. (By melissa)